Mestre, qual é o maior mandamento da Lei?

(Encontro 36 do livreto Roteiros Arquidiocesanos para Encontros dos Círculos Bíblicos e outros Pequenos Grupos)

A PALAVRA DE DEUS

Naquele tempo, 34os fariseus ouviram dizer que Jesus tinha feito calar os saduceus. Então eles se reuniram em grupo, 35e um deles perguntou a Jesus, para experimentá-lo: 36“Mestre, qual é o maior mandamento da Lei?” 37Jesus respondeu: “‘Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todo o teu entendimento!’ 38Esse é o maior e o primeiro mandamento. 39O segundo é semelhante a esse: ‘Amarás ao teu próximo como a ti mesmo’. 40Toda a Lei e os profetas dependem desses dois mandamentos”. (Mt 22,34-40)

A liturgia da palavra deste domingo é dominada pelo tema da Lei, enquanto expressão do cuidado de Deus para com toda a humanidade e do cuidado que cada um deve ter para com o seu semelhante. A Lei de Deus é dom oferecido como caminho para a vida, para a santidade e para a liberdade. A Lei foi dada por Deus ao seu povo para que ele preservasse o dom da vida e da liberdade; para que nunca mais o povo caísse na escravidão.

A pergunta do fariseu, doutor da Lei, acerca do primeiro dos mandamentos tem por finalidade pôr Jesus à prova, testar seu conhecimento e sua ortodoxia na interpretação da Lei. Mas não podemos descartar a hipótese de que os fariseus, ante a enorme quantidade de preceitos que deviam observar de modo irrepreensível (613 preceitos), já não soubessem mais, se é que um dia compreenderam, qual era o maior mandamento, ou seja, qual o mandamento que fundamenta todos os demais; qual era aquele mandamento que diante de um conflito entre dois deles nada pode substituí-lo ou ter precedência (cf. Lc 10,25-37). Na sua resposta, Jesus une de modo indissolúvel dois mandamentos: amor a Deus e amor ao próximo. O amor ao próximo é a consequência natural do verdadeiro amor a Deus. Esse dois mandamentos, considerados unitariamente, são o fundamento da Lei. Na origem da Lei de Deus, está o seu amor e a sua compaixão pelo ser humano que Ele criou. Em todos os demais mandamentos da Lei deve estar presente o mandamento do amor, inclusive como critério para observar ou não um determinado preceito. Quem cumpre o mandamento do amor cumpre plenamente a Lei e os profetas. O amor tira todo rancor e amargura; é o amor que dá sentido a tudo, que faz com que tudo tenha gosto; é o amor que nutre o desejo de viver. O amor a Deus e ao próximo se torna, em Jesus Cristo, um modo de viver. Somente amando podemos ser verdadeira e profundamente felizes e cristãos. O amor a Deus e ao próximo é uma força de vida que nos faz viver uma Páscoa permanente da saída do eu para a entrega generosa, gratuita, a Deus e ao próximo.

(Carlos Alberto Contieri, sj, via Portal Paulinas)

✝ Reflita e partilhe a Palavra:

Em silêncio reflita sobre o que Jesus Cristo o(a) exorta a fazer: “Amarás o Senhor, teu Deus, com todo o teu coração, com toda a tua alma e com todo o teu entendimento” e “Amarás o teu próximo como a ti mesmo”. Tendo em mente a sua vida e a realidade que estamos vivendo, reflitamos:

  1. Amar a Deus é fácil, mas amar o irmão que me ofendeu, fez fofoca a meu respeito, não me cumprimenta… Como fazer para amá-lo?
  2. Eu amo a Deus. Ele é tudo na minha vida. Mas, aquele irmão que é drogado, violento, assalta, aquela família que passa dificuldades… Qual é o tamanho do meu amor?

 

A VIDA E A MISSÃO

Os meios de comunicação nos apresentam, todos os dias, a situação das crianças, dos adolescentes e dos idosos (abandono, violência doméstica, maus tratos, falta de educação, de saúde, remédios, internação, etc.). Nos Círculos bíblicos, a maior parte dos participantes tem 60 anos ou mais. O Estatuto do Idoso classifica como idosas as pessoas com essa idade. Vamos conversar sobre os direitos dos idosos e ver se são cumpridos.

  1. O idoso deve ter entendimento preferencial, imediato e individualizado em órgãos públicos e privados (bancos, teatros, cinema, supermercado, transporte, repartições públicas).
  2. O idoso deve receber gratuitamente medicamentos, fraldas, cadeiras, rodas, exames médicos, internações e/ou transferências hospitalares.
  3. O idoso tem direito a um salário mínimo, se não possui condições para prover sua subsistência.

Considerando os direitos acima enunciados, como missionários, amando a Deus e ao próximo, que compromisso o grupo pode assumir nesta semana?

 

CÍRCULO BÍBLICO SANTA EDWIGES – dia 20/10/2014

 
E não se esqueçam: não esmoreçam e sigam adiante à exemplo de São José.
PasCom Operária.

Dai, pois, a César o que é de César e a Deus o que é de Deus

(Encontro 35 do livreto Roteiros Arquidiocesanos para Encontros dos Círculos Bíblicos e outros Pequenos Grupos)
– The Tribute Money por John Singleton Copley, 1782.

A PALAVRA DE DEUS

Naquele tempo, 15os fariseus fizeram um plano para apanhar Jesus em alguma palavra. 16Então mandaram os seus discípulos, junto com alguns do partido de Herodes, para dizerem a Jesus: “Mestre, sabemos que és verdadeiro e que, de fato, ensinas o caminho de Deus. Não te deixas influenciar pela opinião dos outros, pois não julgas um homem pelas aparências. 17Dize-nos, pois, o que pensas: É lícito ou não pagar imposto a César?” 18Jesus percebeu a maldade deles e disse: “Hipócritas! Por que me preparais uma armadilha? 19Mostrai-me a moeda do imposto!” Levaram-lhe então a moeda.20E Jesus disse: “De quem é a figura e a inscrição desta moeda?” 21Eles responderam: “De César”. Jesus então lhes disse: “Dai pois a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus”.  (Mt 22,15-21)

Os opositores de Jesus querem armar uma armadilha para pegá-lo em alguma palavra. Mas eles mesmos foram pegos pela cilada que prepararam contra Jesus. O leitor do evangelho sabe que o elogio que fazem a Jesus é verdadeiro, mas na boca deles é pura hipocrisia, pois não é, efetivamente, o que pensam de Jesus. Trata-se simplesmente de artimanha maléfica para enredá-lo. Mas Jesus não entra no jogo deles. A alternativa apresentada para a resposta de Jesus é falsa. A imagem de César na moeda é que trazia problema. A moeda continha uma inscrição em que se afirmava que César Augusto era deus. César reivindicava ser adorado como deus. Se a moeda tinha a imagem de César, que os impostos fossem pagos a ele, no parecer de Jesus. Mas o ser humano é a imagem do Deus que o criou. O ser humano pertence a Deus e não pode ser escravo do que ou de quem quer que seja. Daí que somente a Deus a vida do ser humano pode ser oferecida, qual um sacrifício vivo. A vida do ser humano pertence a Deus. Deus não está nem pode ser posto em concorrência com as coisas deste mundo.

(Carlos Alberto Contieri, sj, via Portal Paulinas)

✝ Reflita e partilhe a Palavra:

Silenciosamente, vamos refletir esta mensagem de Jesus para nós.

  1. O que nos chama a atenção quando Jesus disse: “Por que me preparais uma armadilha?”
  2. Qual o significado da expressão “servir a dois senhores”?

 

MISSÃO

Na primeira reunião em sua casa, o Sr. Clarindo, um exemplo de homens de fé, emocionado, testemunhou: “Na minha juventude, conheci a Igreja Católica e, com fé, me dediquei a missão. Num determinado momento, resolvi servir a Deus no sacerdócio. Por causa disso, meus pais me convidaram a sair de casa e perdi o convívio familiar. Fiquei sem um porto seguro. Com o tempo, construí uma família e Deus me conduziu ao Diaconato.

  1. Saberíamos definir com clareza qual é a nossa Missão?
  2. Como devemos lidar com a voz de Deus?

CÍRCULO BÍBLICO SANTA EDWIGES – dia 13/10/2014

 
E não se esqueçam: não esmoreçam e sigam adiante à exemplo de São José.
PasCom Operária.

Façam tudo o que Ele mandar!

(Encontro 34 do livreto Roteiros Arquidiocesanos para Encontros dos Círculos Bíblicos e outros Pequenos Grupos)

A PALAVRA DE DEUS

Naquele tempo, 1houve um casamento em Caná da Galileia. A mãe de Jesus estava presente. 2Também Jesus e seus discípulos tinham sido convidados para o casamento. 3Como o vinho veio a faltar, a mãe de Jesus lhe disse: “Eles não têm mais vinho”. 4Jesus respondeu-lhe: “Mulher, por que dizes isto a mim? Minha hora ainda não chegou”. 5Sua mãe disse aos que estavam servindo: “Fazei o que ele vos disser!”. 6Estavam seis talhas de pedra colocadas aí para a purificação que os judeus costumam fazer. Em cada uma delas cabiam mais ou menos cem litros. 7Jesus disse aos que estavam servindo: “Enchei as talhas de água!”. Encheram-nas até a boca. 8Jesus disse: “Agora tirai e levai ao mestre-sala!”. E eles levaram. 9O mestre-sala experimentou a água que se tinha transformado em vinho. Ele não sabia de onde vinha, mas os que estavam servindo sabiam, pois eram eles que tinham tirado a água. 10O mestre-sala chamou então o noivo e lhe disse: “Todo mundo serve primeiro o vinho melhor e, quando os convidados já estão embriagados, serve o vinho menos bom. Mas tu guardaste o vinho melhor até agora!” 11Este foi o início dos sinais de Jesus. Ele o realizou em Caná da Galileia e manifestou a sua glória, e seus discípulos creram nele. (Jo 2, 1-11)

O apreço pela Mãe de Deus entre os fiéis católicos é tal que ela assume os nomes dos lugares e situações em que a devoção tem origem (Fátima, Lourdes, Aparecida). A maternidade de Maria e o seu papel no desígnio salvífico de Deus só podem ser compreendidos à luz do mistério de Jesus Cristo. Maria é tida no evangelho segundo Lucas como aquela que recebeu o favor de Deus. Tal graça é a de gerar, segundo a carne, o Filho único de Deus (Lc 1,26-38).
Na releitura cristã de Ester para a festa de hoje, a súplica da rainha pela vida do seu povo (Est 7,3) é figura de Maria que se consagrou a Deus em favor do seu povo. Maria é para o cristão católico fiel intercessora. Mais ainda, ela é modelo do discípulo, pois é a mulher que escuta a palavra e a põe em prática.
Situado na parte do evangelho segundo João denominada “livro dos sinais” (Jo 1–11), o relato das bodas de Caná é considerado pelo próprio evangelista o “primeiro dos sinais” (v. 11), numa série de sete sinais. Dizer que se trata do primeiro sinal significa que ele é um sinal fundamental para compreender os demais. É preciso sempre ter presente que o evangelho é fruto da experiência pascal dos discípulos. No centro do relato está a pessoa de Jesus que inaugura os tempos messiânicos. Característica do relato das bodas de Caná é que se trata de uma narração simbólica e que, por isso, exige do leitor o esforço de ultrapassar a materialidade do que é narrativamente descrito e do imediatamente dito. As bodas evocam a Aliança de Deus com o seu povo (cf. Os 2,18-21; Ez 16,8; Is 62,3-5). Aliança passada e reiterada ao longo da história decorrida de Israel (Noé, Abraão, Moisés) e Aliança nova e definitiva em Jesus Cristo (cf. Mc 14,22-25; Mt 26,26-29; Lc 22,19-20). O vinho, símbolo da alegria e da prosperidade (Sl 104,15; Jz 9,13; Eclo 31,27-28; Zc 10,7), oferecido por Jesus é melhor do que o primeiro (cf. v. 10). Isto significa que, em Jesus Cristo, a Aliança atingiu a sua plenitude. A mãe de Jesus (vv. 1.3), que ele mesmo no relato designa de “mulher” (v. 4) é símbolo de Israel que espera, confia, suplica e vê realizada a promessa de salvação feita por Deus a seu povo. Na tradição cristã, a Mãe do Senhor é ícone da Igreja.

(Carlos Alberto Contieri, sj, via Portal Paulinas)

✝ Reflita e partilhe a Palavra:

Na passagem bíblica acima, Maria intercede junto a Jesus em favor dos noivos, demonstrando a sua preocupação, sua solidariedade.

  1. Todos concordam que Maria pede por nós a Jesus?
  2. Neste mesmo Evangelho percebem0s a Virgem Maria atenta às necessidades dos irmãos. Será que nós também estamos atentos às necessidades do próximo?

 

A MISSÃO

A Missão de Maria consiste em oferecer Jesus à humanidade e levá-la até Ele. Os cristãos perceberam muito bem esta virtude de Maria. Por este motivo, eles a tem como intercessora, por saber que ela é um caminho seguro para chegar até o Filho Jesus.

Como Maria, nós devemos ajudar as pessoas a abrirem o coração à fé! Também pelo exemplo solidário de Maria, podemos levar as pessoas a se aproximarem mais de Deus, não nos fechando em nossos problemas e, sim, olhando fraternalmente para as dores de todos aqueles que encontramos pelo caminho.

CÍRCULO BÍBLICO SANTA EDWIGES – dia 06/10/2014

 
E não se esqueçam: não esmoreçam e sigam adiante à exemplo de São José.
PasCom Operária.

Prestação de Contas. Estamos preparados?

(Encontro 33 do livreto Roteiros Arquidiocesanos para Encontros dos Círculos Bíblicos e outros Pequenos Grupos)

A PALAVRA DE DEUS

33. Ouvi outra parábola: havia um pai de família que plantou uma vinha. Cercou-a com uma sebe, cavou um lagar e edificou uma torre. E, tendo-a arrendado a lavradores, deixou o país. 34. Vindo o tempo da colheita, enviou seus servos aos lavradores para recolher o produto de sua vinha. 35. Mas os lavradores agarraram os servos, feriram um, mataram outro e apedrejaram o terceiro. 36. Enviou outros servos em maior número que os primeiros, e fizeram-lhes o mesmo. 37. Enfim, enviou seu próprio filho, dizendo: Hão de respeitar meu filho. 38. Os lavradores, porém, vendo o filho, disseram uns aos outros: Eis o herdeiro! Matemo-lo e teremos a sua herança! 39. Lançaram-lhe as mãos, conduziram-no para fora da vinha e o assassinaram. 40. Pois bem: quando voltar o senhor da vinha, que fará ele àqueles lavradores? 41. Responderam-lhe: Mandará matar sem piedade aqueles miseráveis e arrendará sua vinha a outros lavradores que lhe pagarão o produto em seu tempo. 42. Jesus acrescentou: Nunca lestes nas Escrituras: A pedra rejeitada pelos construtores tornou-se a pedra angular; isto é obra do Senhor, e é admirável aos nossos olhos (Sl 117,22)? 43. Por isso vos digo: ser-vos-á tirado o Reino de Deus, e será dado a um povo que produzirá os frutos dele. (Mt 21, 33-43)

O evangelho de hoje também é, através da linguagem própria à parábola, história do amor de Deus. Mas a menção da rejeição e morte do filho do dono da vinha dá à parábola um alcance cristológico. No Antigo Testamento, a vinha é símbolo do povo de Deus (cf. Is 5,7), povo que Deus criou e escolheu e que Ele cuida com amor, como vimos na leitura de Isaías. Entre os membros do povo de Deus, há aqueles que Deus escolheu para, em seu nome, cuidarem e protegerem o povo que a Deus pertence. Nossa parábola denuncia, em primeiro lugar, aqueles que, ao invés de cuidarem do povo, querem se apossar da vinha do Senhor. Para isso, rejeitaram todos os que foram enviados por Deus para alertá-los e exortá-los à fidelidade. Trata-se de uma menção ao fim trágico de muitos profetas. Em segundo lugar, e essa é a intenção mais importante da parábola, ele faz o leitor compreender que a morte de Jesus foi premeditada e é fruto da ganância, da maldade deliberada dos chefes do povo (cf. vv. 38-39). Apesar do v. 42, a parábola não possui um juízo condenatório; ela é, isso sim, um forte apelo a reconhecer em Jesus o dom de Deus, a viver em conformidade com esse dom e, nele, produzir bons frutos.

(Carlos Alberto Contieri, sj, via Portal Paulinas)

✝ Reflita e partilhe a Palavra:

  1. Quem é o dono da vinha?
  2. Por que os agricultores trataram mal os empregados do dono da vinha?
  3. Qual a atitude do dono da vinha? Quem ele mandou?
  4. Como trazer para nossos dias essa parábola contada por Jesus?

 

MISSÃO

Tentemos fazer uma pesquisa para saber qual é a aceitação da nossa comunidade em relação às pastorais da Igreja. Acham que funcionam ou não? Qual sua sugestão de trabalho comunitário?

 

CÍRCULO BÍBLICO SANTA EDWIGES – dia 29/09/2014

 
E não se esqueçam: não esmoreçam e sigam adiante à exemplo de São José.
PasCom Operária.

Como está o nosso sim ou a nossa adesão a Deus?

 

A PALAVRA DE DEUS

Naquele tempo, Jesus disse aos sacerdotes e anciãos do povo: 28“Que vos parece? Um homem tinha dois filhos. Dirigindo-se ao primeiro, ele disse: ‘Filho, vai trabalhar hoje na vinha!’ 29O filho respondeu: ‘Não quero’. Mas depois mudou de opinião e foi. 30O pai dirigiu-se ao outro filho e disse a mesma coisa. Este respondeu: ‘Sim, senhor, eu vou’. Mas não foi. 31Qual dos dois fez a vontade do pai?” Os sumos sacerdotes e os anciãos do povo responderam: “O primeiro”. Então Jesus lhes disse: “Em verdade vos digo que os cobradores de impostos e as prostitutas vos precedem no Reino de Deus. 32Porque João veio até vós, num caminho de justiça, e vós não acreditastes nele. Ao contrário, os cobradores de impostos e as prostitutas creram nele. Vós, porém, mesmo vendo isso, não vos arrependestes para crer nele”. (Mt 21,28-32)

Como está o nosso sim ou a nossa adesão a Deus? A teologia da retribuição faz parte de uma mentalidade que perpassa quase todo o Antigo Testamento. O trecho do livro do profeta Ezequiel nos põe às portas da primeira deportação dos judeus para a Babilônia, em 597 a.C. A deportação mais importante foi a do ano 587 a.C., e a terceira foi em 582 a.C. Ante a iminência do exílio, o povo de Deus blasfema pondo em Deus a culpa de seu fracasso. Mas Deus não se cala; nem sempre Deus silencia. É Ele quem revela as faltas do seu povo. O exílio é o fruto podre das alianças políticas equivocadas e consequência do abandono, por parte do povo, do Deus que os havia libertado da casa da servidão. A injustiça que eles cometeram foi abandonar os mandamentos do Senhor para seguir suas próprias inclinações más. É preciso compreender que Deus não nos trata segundo as nossas faltas, nem é Ele que está na origem de nossos males. Deus provoca a conversão e acolhe todo pecador que se converte. Nesse sentido, o texto de hoje do profeta Ezequiel é um apelo à conversão.

A parábola dos dois filhos representa duas atitudes diante do chamado de Deus. Essa parábola é a sequência do diálogo com os sumos sacerdotes e anciãos em que eles perguntam a Jesus, perplexos pela sua atitude de expulsar do Templo os cambistas e os comerciantes (Mt 21,12-16), quanto à origem de sua autoridade: “quem te concedeu essa autoridade?” (v. 23). A pergunta deles revela a resistência em reconhecer a origem divina de Jesus. Desejam desmascarar Jesus, mas diante de Jesus é a máscara deles que cai por terra. O filho que diz não ao seu pai e, depois, acaba indo trabalhar na vinha, vale mais do que aquele que diz sim, mas não obedece. Um homem de verdade é reconhecido por seus atos, não por suas intenções. Imaginemos um banquete em que os lugares eram distribuídos em função da dignidade das pessoas. O anúncio de Jesus significa que os publicanos e as prostitutas, cujas vidas, num primeiro momento, representavam um não a Deus, ocupam, no Reino dos Céus, o lugar reservado aos sumos sacerdotes e aos anciãos. Por quê? Por que eles ouviram a pregação de João Batista e se converteram. Os sumos sacerdotes e os anciãos, ao contrário, resistiram em crer em João, como resistem em crer em Jesus, apesar de terem visto as boas obras, e não se converteram.

(Carlos Alberto Contieri, sj, via Portal Paulinas)

✝ Reflita e partilhe a Palavra:

COMO ESTÁ O TEU SIM OU A NOSSA ADESÃO A DEUS?

 

CÍRCULO BÍBLICO SANTA EDWIGES – dia 22/09/2014

 
E não se esqueçam: não esmoreçam e sigam adiante à exemplo de São José.
PasCom Operária.

A salvação pela Cruz

(Encontro 30 do livreto Roteiros Arquidiocesanos para Encontros dos Círculos Bíblicos e outros Pequenos Grupos)

A PALAVRA DE DEUS E O CORAÇÃO

13“Ninguém subiu ao céu, a não ser aquele que desceu do céu, o Filho do Homem. 14Do mesmo modo como Moisés levantou a serpente no deserto, assim é necessário que o Filho do Homem seja levantado, 15para que todos os que nele crerem tenham a vida eterna. 16Pois Deus amou tanto o mundo, que deu o seu Filho unigênito, para que não morra todo o que nele crer, mas tenha a vida eterna. 17De fato, Deus não enviou o seu Filho ao mundo para condenar o mundo, mas para que o mundo seja salvo por ele”. (Jo 3, 13-17)

A festa da exaltação da Santa Cruz remonta a meados do século IV d.C., quando o bispo de Jerusalém, na festa da dedicação da dupla basílica, constituída por duas igrejas, a igreja da Ressurreição e a igreja do martírio, levantou uma relíquia da cruz e a apresentou ao povo para a veneração. Desse gesto é que deriva o nome de exaltação da Santa Cruz. Mas é na Sexta-Feira Santa que, a cada ano, os cristãos veneramos a cruz do Senhor como penhor de nossa salvação. A cruz de Jesus Cristo é expressão do amor de Deus por toda a humanidade. No entanto, tenhamos todos muito claro que a mística cristã não é a mística da cruz, mas a mística do Crucificado.
O evangelho faz referência explícita ao episódio relatado no livro dos Números que lemos na primeira leitura. Durante a travessia pelo deserto rumo à terra da promessa, a tentação frequente do povo, que Deus havia tirado da casa da servidão, era de voltar atrás (Nm 21,5). Tinha sido libertado por Deus da escravidão, mas não tinha superado e se libertado da mentalidade de escravo. Será preciso um longo e dolorido caminho para que essa páscoa aconteça. A causa do que eles imaginavam ser o castigo de Deus, era, na verdade, consequência da falta de confiança e da murmuração contra Deus. A serpente de bronze levantada numa haste era expressão de uma crença de que, tendo o inimigo numa imagem, ele seria controlado. O texto apresenta uma novidade em relação a outros prodígios de Deus ao longo da travessia pelo deserto; ele exige, de quem quer ser salvo, fixar o olhar no emblema (vv. 8-9). O livro da Sabedoria, relendo esse fato, dá a ele um alcance teológico: é Deus quem liberta de todo mal (Sb 16,5-8).
Para o trecho do evangelho, no qual o episódio do livro dos Números é utilizado, a elevação de Jesus Cristo é o antítipo da serpente elevada. O trecho faz parte da catequese batismal do capítulo 3 do evangelho de João. Essa nossa perícope dá uma interpretação cristológica ao episódio narrado pelo autor do livro dos Números: quem salva e cura da morte é Jesus Cristo. É pela fé em Jesus Cristo, crucificado, morto e ressuscitado, que se é salvo e se tem a vida eterna.

(Carlos Alberto Contieri, sj, via Portal Paulinas)

✝ Reflita e partilhe a Palavra:

No deserto, Moisés ajudou o ovo levantando uma serpente de bronze. Na Cruz, Jesus deixou-se ele mesmo ser erguido pelos pecadores. O que essa diferença nos ensina? O que dá sentido à nossa vida: oferecer coisas ou oferecer a nós mesmos?

 
 

A PALAVRA ILUMINA A VIDA

O Ano da Caridade, na Arquidiocese do Rio de Janeiro, tem nos levado a orar e refletir, buscando nos tornar cada vez mais com uma Igreja Samaritana, uma Igreja que não tem me assumir a cruz para poder ajudar os que carregam suas coisas pesadas. Queremos ser uma Igreja como nos indicou o Papa Francisco:

Prefiro uma Igreja acidentada, ferida e enlameada por ter saído pelas estradas, a uma Igreja enferma pelo fechamento e a comodidade de se agarrar às próprias seguranças. Não quero uma Igreja preocupada com o ser o centro, e que acaba presa num emaranhado de obsessões e procedimentos.

Se alguma coisa nos deve santamente inquieta e preocupa a nossa consciência é que haja tantos irmãos nossos que vivem sem a força, a luz e a consolação da amizade com Jesus Cristo, sem uma comunidade de fé que os acolha, sem um horizonte de sentido e de vida. Mais do que o temor de falhar, espero que nos mova o medo de nos encerrarmos nas estruturas que nos dão uma falsa proteção, nas normas que nos transformam em juízes implacáveis, nos hábitos em que nos sentimos tranquilos, enquanto lá fora a uma multidão faminta e Jesus repete nos sem cessar: “Dai-lhes vós mesmos de comer.”

  1. O que mais lhe chama a atenção nessas palavras tão duras e tão claras do Papa Francisco?
  2. E você? Que tipo de Igreja você está sendo: a que sai pelas estradas ou a que se fecha em torno de si mesma?
  3. Que sugestões você pode dar para seu grupo, presença viva da Igreja Católica no Rio de Janeiro, concretize a caridade, o amor junto aos que carregam suas cruzes?

CÍRCULO BÍBLICO SANTA EDWIGES – dia 08/09/2014

 
E não se esqueçam: não esmoreçam e sigam adiante à exemplo de São José.
PasCom Operária.

A Correção Fraterna

(Encontro 29 do livreto Roteiros Arquidiocesanos para Encontros dos Círculos Bíblicos e outros Pequenos Grupos)

A VIDA

Na vida existem muitos ditados. Dois se aplicam aqui. O primeiro diz assim: “Cada um por si e Deus por todos”. O outro diz assim: “Em briga de marido e mulher, ninguém mete a colher!” Olha que, de vez em quando, é bom ver como é que estamos compreendendo esses ditados. Tem gente que logo os compreende como cuidar de si e deixar os outros pra lá. Mas, não é isso. Os ditados querem evitar que nos intrometamos na vida alheia.

Intrometer-se é uma coisa. Ajudar é outra!

Quantas coisas erradas vemos diariamente ao nosso redor, na nossa família, lugar de trabalho, estudo, no nosso grupo de amigos! Quantas vezes somos testemunhas de atitudes ou posicionamentos equivocados de pessoas próximas! E o que fazemos?

O mais rápido e fácil seria emitir juízos condenatórios sobre calar a boca diante da situação. Ou, para piorar, começar a tal da fofoca: “Você viu o que ela fez? Que horror! E não é a primeira vez! É por isso que eu não me meto!”

 

A PALAVRA DE DEUS

15. Se teu irmão tiver pecado contra ti, vai e repreende-o entre ti e ele somente; se te ouvir, terás ganho teu irmão. 16. Se não te escutar, toma contigo uma ou duas pessoas, a fim de que toda a questão se resolva pela decisão de duas ou três testemunhas. 17. Se recusa ouvi-los, dize-o à Igreja. E se recusar ouvir também a Igreja, seja ele para ti como um pagão e um publicano. 18. Em verdade vos digo: tudo o que ligardes sobre a terra será ligado no céu, e tudo o que desligardes sobre a terra será também desligado no céu. 19. Digo-vos ainda isto: se dois de vós se unirem sobre a terra para pedir, seja o que for, consegui-lo-ão de meu Pai que está nos céus. 20. Porque onde dois ou três estão reunidos em meu nome, aí estou eu no meio deles. (Mt 18, 15-20)

O evangelho de hoje é parte do discurso sobre a Igreja, em que Jesus instrui os seus discípulos acerca dos aspectos essenciais da vida comunitária cristã. A comunidade cristã é uma comunidade de reconciliados, por isso, o perdão deve ser uma das marcas de sua existência. No trecho anterior ao apresentado pela liturgia deste domingo, duas características da comunidade eclesial foram ressaltadas: a comunidade cristã deve ser caracterizada pelo serviço e pelo cuidado de uns para com os outros, de modo especial pelos “pequeninos”, isto é, por aqueles que se sentem, por algum motivo, desprezados e não valorizados, e que correm, por isso, o risco de abandonar a comunidade. Nosso texto de hoje é, por assim dizer, a aplicação prática do desejo de Deus de que nenhum membro da comunidade se perca (v. 14). A atitude exigida para realizar o desejo de Deus é a iniciativa que cada um deve tomar no que diz respeito à reconciliação, tendo presente que a comunidade cristã é uma comunidade de irmãos (v. 15). O pecado divide a comunidade. Se acontecer a alguém ser vítima do pecado de outro membro da comunidade, trata-se, aqui, de tomar a iniciativa de ajudar o pecador no seu processo de conversão, desde que ele aceite livremente. É Deus quem toma a iniciativa de vir em socorro de nossa humanidade e é ele quem oferece, gratuitamente, o seu perdão. A comunidade cristã é chamada a ser reflexo da misericórdia divina (Mt 5,48; Lc 6,36; 15). Assim como Deus não desiste de nós, também não devemos desistir de nossos irmãos. O único limite para o perdão e a reconciliação é o fechamento do outro (v. 17). O amor fraterno e, consequentemente, a comunidade cristã são construídos através desse esforço permanente de reconciliação.

(Carlos Alberto Contieri, sj, via Portal Paulinas)

✝ Reflita e partilhe a Palavra:

Sabemos que o evangelho de hoje não é facilmente aceito. Nem sempre sabemos a diferença entre nos meter na vida alheia e ajudar o irmão ou irmã a superar as situações de pecado. Contemplando, pois, o ensinamento de Jesus, como o(a) cristão(ã) deve proceder nessas situações? Vamos meditar um pouco em silêncio e depois partilhar com tranquilidade e confiança.

 

 

CÍRCULO BÍBLICO SANTA EDWIGES – dia 01/09/2014

 
E não se esqueçam: não esmoreçam e sigam adiante à exemplo de São José.
PasCom Operária.

Renunciar por uma boa causa

(Encontro 28 do livreto Roteiros Arquidiocesanos para Encontros dos Círculos Bíblicos e outros Pequenos Grupos)

A PALAVRA DE DEUS

21. Desde então, Jesus começou a manifestar a seus discípulos que precisava ir a Jerusalém e sofrer muito da parte dos anciãos, dos príncipes dos sacerdotes e dos escribas; seria morto e ressuscitaria ao terceiro dia. 22. Pedro então começou a interpelá-lo e protestar nestes termos: Que Deus não permita isto, Senhor! Isto não te acontecerá! 23. Mas Jesus, voltando-se para ele, disse-lhe: Afasta-te, Satanás! Tu és para mim um escândalo; teus pensamentos não são de Deus, mas dos homens! 24. Em seguida, Jesus disse a seus discípulos: Se alguém quiser vir comigo, renuncie-se a si mesmo, tome sua cruz e siga-me. 25. Porque aquele que quiser salvar a sua vida, perdê-la-á; mas aquele que tiver sacrificado a sua vida por minha causa, recobrá-la-á. 26. Que servirá a um homem ganhar o mundo inteiro, se vem a prejudicar a sua vida? Ou que dará um homem em troca de sua vida?… 27. Porque o Filho do Homem há de vir na glória de seu Pai com seus anjos, e então recompensará a cada um segundo suas obras.  (Mt 16, 21-27)

O evangelho é a sequência da profissão de fé de Pedro. O anúncio da paixão, morte e ressurreição de Jesus é uma prolepse que tem por finalidade esclarecer os discípulos acerca do messianismo vivido por Jesus. A reação de Pedro revela o seu desapontamento: Jesus não é exatamente o Messias que ele pensava ter encontrado. A atitude de Pedro de dissuadir Jesus de prosseguir o seu caminho não é preocupação com Jesus. Além da ideia distorcida do Messias, é preocupação com a sua própria sorte. O Messias que Pedro segue não se exime do sofrimento. A palavra de Jesus a Pedro é dura, semelhante à usada contra a sugestão de satanás, quando das tentações no deserto (cf. Mt 4,1-11). Desejar sofrer é insanidade, mas quando o sofrimento é consequência da adesão a Deus, ele deve ser vivido na confiança, pois o Senhor permanece fiel, mesmo quando lhe somos infiéis. Seguir Jesus impõe superar, pela mesma graça de Cristo que se entregou pela humanidade, o medo da morte. Sem vencer o medo da morte não será possível ser livre para seguir o Senhor.

(Carlos Alberto Contieri, sj, via Portal Paulinas)

✝ Reflita e partilhe a Palavra: Pedro caiu na tentação de querer que Jesus não cumprisse sua missão de Salvador da Humanidade. A grande pergunta que nos fica hoje é se ainda existe este tipo de tentação. Vamos ler e meditar o Evangelho.

 

A VIDA

Jorge e Osvaldo são amigos. Um dia Jorge foi à casa de Osvaldo levar seu convite de casamento. Mas, Osvaldo lhe disse: “Você vai casar? Vai deixar a sua liberdade? Eu não faria isso!” Jorge respondeu: “Eu já pensei muito nisso. Sei que a vida de casado implica também boa dose de renúncias, mas, para mim, é definitivo. Amo minha noiva. Esta é a minha vocação!”

  1. Ao comentar sobre a perda da liberdade, Osvaldo estava mal intencionado ou estava tentando ajudar o amigo Jorge?
  2. Ainda hoje, existe gente que, na intenção de ajudar, acaba se tornando uma tentação para as outras, ao afastá-las da vocação a que foram chamadas? Vocês podem dar outros exemplos?
  3. E o que fazer nessa hora em que até mesmo os parentes e amigos nos pressionam para não seguirmos os caminhos do Reino de Deus? Existe no Evangelho de hoje alguma dica importante?

 

A MISSÃO

Ao longo desta semana, vamos nos dedicar a ajudar as pessoas a seguirem o caminho para o qual Deus as chamou. Não há dúvida de que essa vai ser uma missão grande. É provável que a achemos até mesmo impossível. Mas, como ajudar, por exemplo, as mães de família a serem tudo a que são chamadas, principalmente diante de tantas dificuldades? Como ajudar, outro exemplo, os(as) trabalhadores(as) a serem íntegros, honestos e fraternos, num mundo que estimula a competição e a desonestidade? Estes foram apenas dois exemplos, que tal encontrar outros?

 

CÍRCULO BÍBLICO SANTA EDWIGES – dia 25/08/2014

 
E não se esqueçam: não esmoreçam e sigam adiante à exemplo de São José.
PasCom Operária.

A Missão

(Encontro 27 do livreto Roteiros Arquidiocesanos para Encontros dos Círculos Bíblicos e outros Pequenos Grupos)

A VIDA

O Sr. Alfredo morava numa pequena cidade. Junto com a esposa, voltando da Igreja, ele ficava observando as crianças brincarem na praça. Certo dia, em meio à garotada, ele e a esposa notaram um jovenzinho que não brincava. Era calado, mas prestativo. Se alguém se machucava ele logo o ajudava. Um dia viu uma pessoa perder a carteira. No mesmo instante, pegou a carteira e correu para entregá-la ao dono. O casal começou a prestar atenção nesse jovem. Um dia Seu Alfredo foi conversar com ele e o chamou para ajudá-lo. O jovem aceitou, pois estava mesmo precisando trabalhar para ajudar em casa. Passou-se algum tempo e o Sr. Alfredo ficou doente. Teve até que se ausentar. A esposa foi com ele. Mas, ele ficou tranquilo, pois sabia que aquele rapaz era de confiança e que poderia entregar a ele as chaves de sua loja. O jovem soube retribuir essa confiança cuidando bem da loja do Sr. Alfredo na sua ausência.

Falando sobre a vida

  1. Essa história é real? Poderia aconteceu algum dia em algum lugar do Brasil? Por que?
  2. Quais são os valores importantes que essa história apresenta?
  3. O que poderia deixar a impressão de que essa é uma história irreal?

 

A PALAVRA DE DEUS

13. Chegando ao território de Cesaréia de Filipe, Jesus perguntou a seus discípulos: No dizer do povo, quem é o Filho do Homem? 14. Responderam: Uns dizem que é João Batista; outros, Elias; outros, Jeremias ou um dos profetas. 15. Disse-lhes Jesus: E vós quem dizeis que eu sou? 16. Simão Pedro respondeu: Tu és o Cristo, o Filho de Deus vivo! 17. Jesus então lhe disse: Feliz és, Simão, filho de Jonas, porque não foi a carne nem o sangue que te revelou isto, mas meu Pai que está nos céus. 18. E eu te declaro: tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja; as portas do inferno não prevalecerão contra ela. 19. Eu te darei as chaves do Reino dos céus: tudo o que ligares na terra será ligado nos céus, e tudo o que desligares na terra será desligado nos céus. 20. Depois, ordenou aos seus discípulos que não dissessem a ninguém que ele era o Cristo.  (Mt 16, 13-20)

O relato da “profissão de fé de Pedro” encontra-se nos três evangelhos sinóticos. Certamente, o episódio retrata um momento de crise, pois, não obstante o ensinamento e tudo o que Jesus faz, os seus contemporâneos não chegam a ultrapassar o umbral do que aparece e, por isso, não são capazes de reconhecer a manifestação salvífica de Deus na pessoa de Jesus de Nazaré. O evangelho, considerado no seu todo, mostra que a dificuldade diz respeito não somente aos opositores de Jesus e à multidão, mas também aos seus próprios discípulos. É Jesus quem, em Cesareia de Felipe, lugar em que nasce o Rio Jordão, em cujas águas o povo passou para entrar na “terra prometida”, faz a dupla pergunta aos seus discípulos: quem dizem que eu sou? E vós quem dizeis que eu sou? Curiosamente, naquele lugar, prestava-se, no passado, culto ao deus Pan. É exatamente nesse lugar idólatra que os discípulos são desafiados por Jesus a professarem a fé num único Messias. A resposta à primeira pergunta remete simplesmente ao passado. As pessoas não vêm em Jesus a realização da promessa de Deus, nem o Messias prometido. A resposta de Pedro, expressão da fé de toda a Igreja, faz com que o leitor compreenda que o Messias deixou de ser objeto de uma promessa e esperança para adquirir um rosto concreto em Jesus de Nazaré. A rocha indestrutível sobre a qual a Igreja está construída é a fé de Pedro; é ela que sustenta a comunidade dos discípulos no seguimento de Jesus Cristo, o Senhor. Mas a profissão de fé de Simão Pedro não é fruto do esforço da razão. Ela é dom da revelação gratuita de Deus, prometida aos “pequeninos” (Mt 11,25). A primazia de Simão Pedro em relação aos demais discípulos vem do fato de ele professar com exatidão a fé cristã. O silêncio imposto por Jesus aos discípulos diz respeito à sua identidade como Messias. Esse silêncio tem um duplo significado: Jesus não pretende ser confundido com nenhuma das correntes messiânicas de sua época e, ao mesmo tempo, o silêncio oferece ao leitor do evangelho a oportunidade de ele mesmo responder a pergunta cristológica fundamental: Quem é Jesus?
O trecho da carta aos Romanos ilustra o que dissemos acima. O texto é uma doxologia em que se exalta a sabedoria insondável de Deus. Por mais que o homem queira, a sua capacidade humana estará sempre aquém de poder compreender o mistério de Deus.

(Carlos Alberto Contieri, sj, via Portal Paulinas)

 

A MISSÃO

Um proposta missionária bem concreta: rezar pelos que, seja lá onde for, tenham a responsabilidade de conduzir um grupo, uma comunidade. A partir daí, a escala é a seguinte:

1° DIA: Por si mesmo(a) e pelas responsabilidades que tem na vida, especialmente se exercer alguma função de coordenação.

2° DIA: Por seu(s) chefe(s), se tiver, ou pela(s) pessoa(s) que você comanda.

3° DIA: Pelos responsáveis por nossa cidade, nosso estado, nosso país e pelo mundo todo.

4° DIA: Pelo(s) padre(s) de sua comunidade e pelo(s) coordenador(es) dos grupos pastorais.

5° DIA: Por nosso Arcebispo e por todos os bispos.

6° DIA: Pelo Santo Padre, o Papa Francisco.

7° DIA: Por todas as intenções rezadas nos dias anteriores.

 

CÍRCULO BÍBLICO SANTA EDWIGES – dia 18/08/2014

 
E não se esqueçam: não esmoreçam e sigam adiante à exemplo de São José.
PasCom Operária.

Minha alma glorifica o Senhor

(Encontro 26 do livreto Roteiros Arquidiocesanos para Encontros dos Círculos Bíblicos e outros Pequenos Grupos)

A VIDA

Em um encontro de Círculos Bíblicos, Dª Maria pela primeira vez chegou atrasada. Sua neta está grávida e teve medo de ficar só em casa. A avó era uma companhia segura. Uma das companheiras do Círculo Bíblico, ao tomar conhecimento do fato, disse: “Olha que sou mais velha que sua neta. Tenho 3 filhos e sempre trabalhei até os 8 meses de gestação, em serviços domésticos. E nunca deixei de lado a missão de evangelizar. Essa sua neta…”

Falando sobre a vida

  1. Quem estava certa, Dª Maria, que se atrasou para ficar um pouco com a neta grávida, ou a amiga que, mesmo grávida nunca deixou de cumprir as obrigações?
  2. O que essas duas senhoras têm em comum? E qual a diferença entre elas?
  3. Em tudo isso que aconteceu numa pequena reunião em torno da Palavra de Deus, podemos identificar alguma situação de pecado? Em caso afirmativo, qual seria o pecado?

 

A PALAVRA DE DEUS

39. Naqueles dias, Maria se levantou e foi às pressas às montanhas, a uma cidade de Judá. 40. Entrou em casa de Zacarias e saudou Isabel. 41. Ora, apenas Isabel ouviu a saudação de Maria, a criança estremeceu no seu seio; e Isabel ficou cheia do Espírito Santo. 42. E exclamou em alta voz: Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre. 43. Donde me vem esta honra de vir a mim a mãe de meu Senhor? 44. Pois assim que a voz de tua saudação chegou aos meus ouvidos, a criança estremeceu de alegria no meu seio. 45. Bem-aventurada és tu que creste, pois se hão de cumprir as coisas que da parte do Senhor te foram ditas! 46. E Maria disse: Minha alma glorifica ao Senhor, 47. meu espírito exulta de alegria em Deus, meu Salvador, 48. porque olhou para sua pobre serva. Por isto, desde agora, me proclamarão bem-aventurada todas as gerações, 49. porque realizou em mim maravilhas aquele que é poderoso e cujo nome é Santo. 50. Sua misericórdia se estende, de geração em geração, sobre os que o temem. 51. Manifestou o poder do seu braço: desconcertou os corações dos soberbos. 52. Derrubou do trono os poderosos e exaltou os humildes. 53. Saciou de bens os indigentes e despediu de mãos vazias os ricos. 54. Acolheu a Israel, seu servo, lembrado da sua misericórdia, 55. conforme prometera a nossos pais, em favor de Abraão e sua posteridade, para sempre. 56. Maria ficou com Isabel cerca de três meses. Depois voltou para casa. (Lc 1,39-56)

Maria, ao receber o anúncio de que conceberia a Jesus, teve como sinal dado pelo anjo Gabriel a própria concepção que acontecia com sua prima Isabel, já no sexto mês. Ela parte então para visitar e servir Isabel já nos últimos meses de sua gravidez. Lucas apresenta Maria, levando seu filho no ventre, seguindo o percurso da gentílica e periférica Galileia ? Judeia, na casa de Zacarias, sacerdote do Templo de Jerusalém, em um encontro do desabrochar da vida. Mais tarde Jesus fará este percurso, em direção a Jerusalém, para o momento da consumação final de seu ministério e de sua vida. Da mesma forma como o anjo entrou em casa de Maria e a saudou, comunicando-lhe o Espírito Santo, Maria, agora, entra e saída Isabel. Esta, ouvindo a saudação de Maria, fica cheia do Espírito Santo. Isabel passa então a profetizar. Confirma que Maria é mãe do seu Senhor, cuja presença comunica a alegria ao menino no seu próprio ventre. E Maria, em sua maternidade, é bem-aventurada por ter acreditado em tudo o que foi dito da parte do Senhor e que será realizado. Maria, então, pronuncia seu cântico de louvor a Deus pelo cumprimento de sua vontade nela. O cântico de Maria e sua bem-aventurança são a expressão da bem-aventurança dos pobres e do canto de liberdade de todos os oprimidos, explorados e excluídos, de todos os tempos. Maria apresenta como já concretizado, a partir de sua gestação, o projeto vivificante de Deus. Pela vida e presença de Jesus os pobres humildes são restaurados em sua dignidade, enquanto que os favorecidos pela sociedade são destituídos de seus privilégios. Está em ato a intervenção de Deus na história, trazendo a esperança de um mundo novo onde vigore a justiça e o amor.

(José Raimundo Oliva , via Portal Paulinas)

Reflita e partilhe a Palavra:

Todos conhecemos o relato da visitação. Sabemos bem a situação de Isabel e de Maria. Sabemos também como as duas procederam diante de tantos problemas.

  1. Contemplando Maria e Isabel, encontramos alguma situação de fragilidade? Onde?
  2. Encontramos também alguma situação de fortaleza? Onde?
  3. Afinal, o que encontramos no evangelho de hoje: fragilidade ou fortaleza?
  4. Diante da atitude de Maria e de Isabel, o que dizer sobre o que aconteceu no encontro das duas senhoras do Círculo Bíblico acima?

Vamos partilhar as respostas que estiverem em nosso coração!

 

 

CÍRCULO BÍBLICO SANTA EDWIGES – dia 11/08/2014

 
E não se esqueçam: não esmoreçam e sigam adiante à exemplo de São José.
PasCom Operária.